quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Procurando Emprego?

O pote de ouro no fim do arco-íris é a maior conversa fiada!

São vários motivos que levam os jovens a procurar emprego tão cedo. Ajudar nas despesas de casa, comprar o que quiser, entupir o celular de créditos! Mas alguns adolescentes procuram mesmo é a tal da independência financeira. A LGBTeen bateu um papo e tem um recado da galera: na hora de procurar emprego, mostre que você é, simplesmente, a melhor pessoa para preencher aquela vaga.

O ASSUNTO É: EMPREGOS PARA LGBT. “Logo pensam em ‘profissões de gays’, os estereótipos, como cabeleireiro. Por puro preconceito. Acho que as pessoas não enxergam um gay como empresário, médico, presidente,” reclama Vini Martins, 16, que ainda comenta: “coitados dos heteros que trabalham nessas profissões! Devem ser zoados até!”. Fer Spears, 17, faz uma observação interessante. “Digitem caminhoneirA lá no word. Ele vai dizer que o correto é caminhoneirO!!”

DEPÔ
“Trabalho numa oficina mecânica e ninguém lá me desrepeita.
Não dou essa liberdade” Du, 17

“AUXILIAR DE ALGUMA COISA”. É uma sugestão dada por Kelvin, 17, que deu outras dicas para quem está a fim de ganhar uma graninha honestamente. “São vários lugares onde se pode procurar emprego: shopping, hospitais, lojas, entre outros. As lojas parecem que até gostam de caras, digamos, mais alegres.” Kelvin garante que os homossexuais são mais atenciosos. “As clientes até elogiam. Dizem que a gente não mente e que temos bom gosto”.

PRECONCEITO NO TRAMPO. Pode ser uma realidade. Natasha Avital, 23, desabafa. “O preconceito geralmente é camuflado. Tenho um colega gay e ele foi um dos avaliadores no processo de seleção para novos empregados onde ele trabalhava. Ele disse que os demais avaliadores não quiseram contratar um candidato porque ele era ‘delicado demais’...”

Valdirene dos Santos, assistente social do Centro de Referência GLTTB, lembra que a discriminação, além de ilegal, acontece com muita freqüência entre as adolescentes travestis. “Nesses casos nós podemos orientar o adolescente. Antes de pensar em processar a empresa, a gente tenta uma conversa com o dono, com o gerente, com o funcionário.” Val explica que a conciliação por meio do diálogo é sempre a primeira e melhor alternativa. “E aí, se não der, a gente encaminha os casos para ações legais”.

DEPÔ
“Meninas, saibam os seus direitos. Respeito e emprego não são exigências, são direitos.
E ser travesti não faz ninguém ser menos cidadão. Lutem e corram atrás” Camile, 25

NO STRESS! Val recomenda um pouco de calma para os adolescentes que estão esperando uma vaga. “Não se desespere achando que o problema é com você e que você é incapaz. O mercado de trabalho está difícil pra todo mundo” Além de paciência, o estudo é a melhor estratégia. Por mais que a escola seja chata, por mais que seja difícil, o melhor é terminar. “Sem estudo é mais difícil ainda. Estude e faça algum curso, que seja estética, cabeleireiro, medicina, arquitetura, engenharia, aeromoça. Não interessa o quê, você vai precisar da escola.”

“Um adolescente fora de casa e sem emprego, cai logo na prostituição, só pra ter um teto e onde dormir. Daí pra cair na mão de uma cafetina e nas drogas é um pulo”.
Chesller Moreira, presidente do Grupo E-JOVEM de Adolescentes Gays, Lésbicas e Aliados

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